Textos de Catálogos

XXV EXPOSIÇÃO COLECTIVA DOS SÓCIOS DA ARVORE

A inauguração da XXV EXPOSIÇÃO COLECTIVA DOS SÓCIOS realizar-se-á no dia 30 de Julho de 2010, pelas 18h30. Dado que a Árvore encerra para férias de 16 a 31 de Agosto, a mesma irá estar patente ao público em dois períodos: de 30 de Julho a 13 de Agosto e de 1 a 11 de Setembro de 2010.

A Exposição Colectiva dos Sócios da Árvore sempre se caracterizou por uma grande diversidade. Resulta de uma realidade clara e objectiva: não há selecção de qualquer espécie, não há júri, porque se entende ser este o único critério compatível com o espírito da Exposição. Entende-se também que, no artista, o sentido de auto crítica é um elemento valiosíssimo na construção da sua obra.
Só com a colaboração dos nossos sócios participantes nas exposições colectivas poderemos valorizar esta importante acção cultural, tornando-a um grande acontecimento.


Participam nesta exposição os sócios
A. M. Henriques Mingocho; A. Paes Cardoso; Acácio de Carvalho; Adélia F.; Alcino Soutinho; Alice Sousa; Álvaro Siza; Amália Soares; Américo Moura; Ana Borg; Ana M. Pinheiro; Ana Silva; Ângelo de Sousa; Antónia Gomes; António Domingos; António Pina; Aparício Farinha; Armando Alves; Artur Moreira; ASPinheiro; Avelino Rocha; Bem Lérias; Benedita Kendall; C. Macedo; Cácá; Carla Faro Barros; Carla Taveira; Carlos dos Reis; Cecília Cavaca; Celeste Ferreira; Céu Costa; Clara Paes Cardoso; Conceição Saleiro; Costa Figueiredo; Dias; Dinisam; Diva Barrias; Eduarda Coquet; Eduardo Soares; Elisabete Amaral; Elsa Lé; Emerenciano; Emília Carvalho; Evelina Oliveira; F. Barros; Fernanda Ambrózio; Fernanda Lima; Fernando Cruz; Filipa Crespo; Francisco Urbano; Gina Marrinhas; Gomes da Rocha; Helena Santos; Henrique do Vale; Henrique Silva; Hermínia Cândido; Hugo do Lago; Humberto Nelson; Isabel Amaral; Isabel Braga; Isabel Mota; Isabel Mourão Alves; Isabel Soares; Ismael Silva; Joana Rêgo; João Alberto; Joakin Pereyra; Joaquim Martins; Jorge Pedra; Jorge Pinheiro; José Emídio; José Moutinho; José Queiroga; José Rodrigues; José Rosinhas; Josefina Dias; Júlia Abecassis; Júlia Landolt; Júlia Pintão; Justino Alves; Laura Maria; Lizette Soares; Lourdes Magalhães; Luís Colares; Luís Filipe Rodrigues; Luísa Gonçalves; Luísa Pintado; Luísa Prior; Lurdes Gomes; Mª Dulce Barata Feyo; Manuel Bessa; Manuel Gio; Manuel Matias; Manuela Bronze; Manuela Figueiredo; Margarida Leão; Maria Armanda; Maria da Glória; Maria de São José; Maria Guia Pimpão; Maria João Brito e Cunha; Maria José Coutinho; Maria Júlia; Maria Rosas; Nelson Isidoro; Neusa; Nuno Sousa; Nuno Torres Gomes; Odete Loureiro; Otília Santos; Paulo Barrosa; Pedro Garcia Fernandes; Regina Affonso; Rita Pintado; Roberto Machado; Rodrigo Pombeiro; Rosa Amaral; Rui Morão; Sobral Centeno; Sofia de Castro; Teresa Pacheco; Tiago Cruzeiro Reis; Verónica Leonor; Vítor Cardoso; Waldemar Ribau.

[...] Na verdade, as Exposições Colectivas dos Sócios da Árvore, são a manifestação de uma relação de liberdade que a Cooperativa mantém com os seus sócios produtores, possibilitando-lhes assim a oportunidade de exporem o seu trabalho nas instalações da Cooperativa, particularmente àqueles que apesar da sua dedicação e empenho não tenham conseguido a visibilidade ou o reconhecimento que desejariam.
Num momento de crise económica que a todos preocupa, a Árvore, apesar das circunstâncias desfavoráveis, entendeu manter esta iniciativa, pelo respeito que os seus sócios lhe merecem e por saber que muitos valorizam de forma particular esta sua participação em cada ano que passa. [...]
Excerto de texto da autoria de José Emídio, in catálogo da exposição, Ed. Árvore, 2010.

Aquisições Patrocínios
Intraplás – Indústria Transformadora de Plásticos S.A.
Veloso e Troca

Apoio
Greca – Artes Gráficas
Júlio Alberto Pinho Leão
Quinta do Infantado


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Texto do Catálogo da Exposição "As Meninas e as Marionetas "na Galeria Lucília Guimarães -  Abril 2006 - Guimarães

José Queiroga iniciou a sua formação artística no Teatro, onde participou em várias dezenas de peças. Posteriormente, especializou-se no Marionetismo tendo fundado, com alguns amigos, a companhia Teatro d’Água Acesa, em 1979. A experiência adquirida na especificidade única do teatro de marionetas, cujo conceptualismo reside na sua riqueza pluridisciplinar, articulado na construção do boneco, primeiro como objecto tridimensional credor do vasto concurso das artes plásticas, para depois encarnar uma personagem, por sortilégio de sua arte. Assumiu-se de embrionária importância para o seu percurso de evolução artística. Tanto mais que a própria pintura partilha desta alquimia de vida, desta interdisciplinariedade conceptual. Poesia no espaço.

Se houvesse uma só palavra para definir a sua pintura ela seria alegria, já que o seu universo pictórico transmite um humor intangível. Mesmo a sua paleta está impregnada de cromatismos exuberantes, herdados das suas raízes minhotas, ibéricas, mediterrâneas. E, se deleitadamente nos deixarmos embalar pelos seus veios comunicantes, perceberemos que se tratam de mensagens-fragmentos para mais tarde lapidar. Ícones. Primeiro o objecto, depois o mito. Iconografia do quotidiano. Ícones. As imagens dilaceradas, fragmentadas como mulheres passeando na praia. Ideias como pássaros. Queiroga lança-nos para o desafio dos espelhos, no olímpico jogo das formas que fragmenta ou abstractiza.

Tal como nas meninas e nas marionetas se demonstra, o artista estabelece um diálogo inteligente com o público, sem nunca lhe coarctar a liberdade exegética, criando um manancial interpretativo deveras rico e plural. Nessa longa série, onde a portabilidade dos signos reciprocamente se interagem, gerando sinergias plásticas, onde todo o esplendor do corpo se oferece à fruição da luz. Queiroga recusa a abstracção pela abstracção não permitindo que o acaso do traço determine a mensagem a comunicar, nem que as sombras ilustrem significantes fortuítos. Antes pensando paulatinamente os gestos, estudando vagarosamente as formas. Dissecando, quase diríamos.

Um traço de pura sensualidade, levemente eivado de um elegantíssimo erotismo, onde se evidencia a maior característica da sua pintura, que é a luz e, por consequência, a cor. Uma pertinaz alegria transformada em fogo. Tal como a vida, a luz sem limites.

Afonso Parra


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Texto do Catálogo da Exposição de Pintura no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Matosinhos de 18 a 26 de Março de 2000




Adoro a arte de hoje
porque adoro,
mais que tudo, a luz,
e
todos os homens amam mais que tudo a luz:
inventaram o fogo.

Para todas as artes,
o que importa é a luz,
a luz incorruptível.

Pintar é uma arte assombrosa,
na qual a luz
não tem limites.

Guillaume Apollinaire

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